Sete Horas
Já é cedo
E passou da hora de levantar
E nem ter tempo de pensar
Nem pense em comer
E escolha uma roupa qualquer
Estar perdido na multidão
Não é o que você sonhava
Mas é o que tem a vida tem a oferecer
É hora do almoço
E seu copo de água novamente
Está com aquele cheiro de ovo
Aproveite que a fome foi embora
E dedique mais tempo
A ganhar dinheiro
Para o homem do relógio de ouro
Com a sua dedicação
Ele comprou mais um carro
Com bancos de couro
A noite veio com pressa
Mas não tenha ilusões ridículas
Ela não trouxe a lua nem as estrelas
Vá para casa com o céu nublado
E no vidro sujo daquele ônibus
Contemple as mais novas olheiras
Quando chegar ao quarto alugado
Evite o espelho
Ou pode se assustar
Sorria e olhe para cima
Dizem que isso ajuda
Ou abrace aquela garrafa escondida
Ela não faz promessas
Mas faz com que você durma
Publicado em 23/03/2011, em Poemas e marcado como Olheiras, Ouro, Trabalho. Adicione o link aos favoritos. 4 Comentários.
oh fi, o que acha de criar um personagem, dar um nome a ele, e cada dia contar um episodio de sua vida, assim prenderá a atenção de varios visitants assiduos, o q acha.
abraço.
sei como é acordar, ver e viver tudo isso, é um tormento.
Acordar as vezes simplesmente parece ou é muito deprimente..
Gostei da idéia do Luciano. Podia criar um personagem e ir citando episódios de sua vida seguindo o padrão dos poemas. 🙂
O poema está muito bom, como todos os demais. E eu sei um pouco como é ter uma vida semelhante…
Tentarei fazer isso, idéia interessante mesmo…